domingo, 15 de maio de 2022
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Narrativa Brasileira Contemporânea
Para sustentar as discussões da disciplina Narrativa Brasileira Contemporânea, foram selecionadas sete obras lançadas no ano de 2021 com o intuito de oportunizar uma reflexão sobre a produção e a recepção da literatura brasileira. Esses lançamentos apresentam uma variedade de temas, autorias, propostas, ideias e problematizações que permeiam os principais problemas e interesses da sociedade brasileira.
Cada postagem apresentará a capa da obra e possibilitará que os acadêmicos insiram suas reflexões e trabalhos realizados ao longo do semestre - ensaios, escritas criativas, entrevistas, resenhas, entre outras produções que certamente darão informações importantes para quem pretende ler ou já leu alguma das obras escolhidas.
Anos de chumbo – Chico Buarque – Editora Companhia das Letras
Vestígios – Ana Maria Machado – Editora Alfaguara
Contos de Axé – Marcelo Moutinho (organizador) – Editora Malê
Romances:
Vista Chinesa – Tatiana Salem Levy – Editora Todavia
O riso dos ratos – Joca Reiners Terron – Editora Todavia
Discurso sobre a metástase – André Sant'Anna – Editora Todavia
O último gozo do mundo – Bernardo Carvalho – Editora Companhia das Letras
Vista Chinesa – Tatiana Salem Levy – Editora Todavia
O riso dos ratos – Joca Reiners Terron – Editora Todavia
Discurso sobre a metástase – André Sant'Anna – Editora Todavia
O último gozo do mundo – Bernardo Carvalho – Editora Companhia das Letras
terça-feira, 19 de novembro de 2019
DOIS IRMÃOS - Milton Hatoum
Dois Irmãos [2000], segundo livro de Milton Hatoum, escritor
amazonense e um dos nomes mais expressivos da literatura brasileira
contemporânea, narra a vida de uma família com seu início meio e
fim, mostrando a origem de cada personagem até o momento de suas mortes.
São protagonistas da obra os irmãos gêmeos Omar e Yaqub, idênticos
fisicamente, mas com personalidades distintas.
O conflito que envolve os dois irmãos é o cerne de toda obra.
No entanto, chamamos a
atenção para a personagem Domingas, uma índia que vive como empregada,
babá, numa situação informal na casa de Zana e Halim, cozinhando,
limpando,
participando de tudo e garantindo que a casa funcione, assim como a
narrativa, ao mesmo tempo em que esse personagem que vive à margem,
inclusive no espaço que ocupa na casa, nos fundos do pátio, seja
explorada em todos os sentidos. E é esse apagamento que
queremos explorar com o olhar aguçado de quem quiser partilhar sua experiência de leitura.
Sobre Milton Hatoum:
http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=142
Sobre os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá - ilustradores da versão em HQ
http://personaunesp.com.br/fabio-moon-e-gabriel-ba-entrevista/Sobre a série para a TV:
http://gshow.globo.com/series/dois-irmaos/
https://revistacult.uol.com.br/home/adaptacao-de-dois-irmaos-de-milton-hatoum-estreia-apos-14-anos-no-papel-2/
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
PROPOSTAS DE TRABALHOS
- Espaço destinado para disponibilização das propostas de trabalho [ensaios, artigos, etc] voltados para os estudos da literatura brasileira - ficção - da segunda metade do século XX até as primeiras décadas do século XXI.
Uma das perspectivas apresentadas como importantes para a leitura das obras decorre da reflexão de Raymond Williams de que A cultura é algo comum [1958] e de sua indicação de que "uma cultura tem dois aspectos: os significados e direções conhecidos, em que integrantes são treinados; e as novas observações e os significados que são apresentados e são testados. Esses são os processos ordinários das sociedades humanas e das mentes humanas, e observamos através deles a natureza de uma cultura: que é sempre tanto tradicional quanto criativa; que é tanto os mais ordinários significados comuns quanto os mais refinados significados individuais." (In: Recursos da esperança. São Paulo: Unesp, 2015, p. 05).
Ao partirmos dessa noção geral sobre cultura, procuramos pensar no processo de compreensão do texto literário em um diálogo com a nossa própria inserção nessa ideia de cultura e de história, refletindo com base nas vivências e experiências construídas no campo da ficção e considerando os problemas da formação social do Brasil.
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
Simbolismo - a vida dos sentidos
Tendo como base o texto de Paulo Leminski, elabore uma reflexão que articule o trecho citado com as características do Simbolismo, especialmente sobre a produção de Cruz e Sousa. Procure relacionar a produção de Cruz e Sousa (ao menos um poema) com a de outro poeta brasileiro, apresentando aproximações e diferenças [tanto no aspecto do estilo do autor quanto do estilo de época] entre as obras citadas.
"Poesia não é literatura. É outra coisa: é arte, mais para o lado da música e das artes plásticas, como Pound viu (ou ouviu) muito bem.
Da imprensa às vanguardas do início deste século, durante o período de sequestro da poesia pela literatura (na Idade Média, a lírica era oral, envolvendo canto, dança e festas, camponesas ou cortesãs;; os textos, raros, eram manuscritos, primores caligráficos de forma e cor; com a imprensa, a poesia virou 'letra', na homogeneidade linear dos inodores, insípidos e incolores ABCS de Gutenberg; no século XX, com as vanguardas e a música popular, a poesia volta à vida dos sentidos, em forma, voz e cor), nesse período, algumas coisas ficaram dizendo que a poesia não era bem a literatura que estavam querendo fazer com ela. Entre essas coisas, a métrica. E, sobretudo, a rima. Nessas materialidades a poesia manteve sua individualidade. Não basta dizer. Tem que dizer bonito.
A métrica só se justifica pela presença de uma melodia, construída sobre a regularidade matemático-pitagórica da música.
A métrica, em poemas escritos para serem lidos no papel, é um absurdo: o olho não ouve a música. Ou ouve? Os simbolistas (a partir de Baudelaire) achavam que sim.
Nessa nossa pobre cultura reflexa, que, no entanto, tem e teve seus momentos de grandeza (...), o parnaso e o símbolo representaram especializações de conquistas do romantismo, no fundo, uma explosão de poesia (de vida) no coração da literatura.
As frígidas construções parnasianas (Bilac, Raimundo Correia) eram mal-assombradas (ou bem-assombradas?) pelos fantasmas de um superego saído das artes plásticas (quadros de uma exposição, retratos do artista enquanto pintor, escultor, arquiteto, ourives, artesão).
O simbolismo mudou de sentido: do olho para o ouvido.
Nunca foi tão funda a saudade da poesia pela música perdida quanto no simbolismo. (...)
O poeta simbolista é um músico. Músico de palavras, de sílabas, de vogais e consoantes. Seus poemas: baladas, sonatas, sinfonias.
Mas, no simbolismo, ao contrário de um Arnaut Daniel, a entrada da música implica uma destruição do 'significado'. O massacre dos sentidos pelos sons."
LEMINSKI, Paulo.
Vida: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trotski - 4 biografias.
São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Papéis avulsos
Papéis avulsos é o título do terceiro livro de Machado de Assis. Lançado em 1882, se constitui em uma das obras mais representativas do Realismo no Brasil. Apesar do título do livro, existe uma unidade entre as narrativas na forma em que a ironia é construída, visto que Machado de Assis apresenta um viés de crítica social, moral e ética no "diálogo" entre as personagens e os leitores, trazendo questões e situações que provocam as ideias na sua contramão. A exposição realista - antecipando uma escrita moderna - de personagens que abdicam da sua própria formação em prol do êxito social evidencia uma preocupação com os rumos da sociedade do seu tempo e do porvir...
A partir da escolha de um dos contos dessa obra de Machado de Assis, apresente uma discussão breve sobre o emprego da ironia como categoria literária, ou seja, o efeito irônico que perpassa a escrita e situa a crítica/reflexão de maneira consistente. Caso considere necessário, é possível apresentar a relação entre dois ou mais contos.
Assinar:
Postagens (Atom)