quinta-feira, 15 de março de 2012

Literatura Brasileira: história e historicismo


Ao nos depararmos com a problemática da história da literatura brasileira, evidenciamos uma tentativa de definição de uma nacionalidade antes mesmo da preocupação com a produção em si mesma, ou seja, com uma certa imposição de algo que falta em detrimento do que existe ou poderia vir a existir em um contexto cultural dinâmico. Alfredo Bosi (2002) destaca essa questão ao afirmar que:



Uma história da literatura brasileira que pretendesse ser verdadeira, isto é, fiel ao seu objeto, deveria admitir que os textos dispostos no tempo do relógio não têm nem a continuidade nem a organicidade dos fenômenos da natureza. Os escritos de ficção, objeto por excelência de uma história da literatura, são individuações descontínuas do processo cultural. Enquanto individuações, podem exprimir tanto reflexos (espelhamentos) como variações, diferenças, distanciamentos, problematizações, rupturas e, no limite, negações das convenções dominantes no seu tempo. (p. 09-10).



A ausência – ou a pouca repercussão - de leituras fiéis das produções culturais a fim de oportunizar reflexões consistentes sobre a literatura e a sua historicidade, acabou por externar, para leitores atentos, uma tensão entre literatura de ficção e os clichês ideológicos.



(BOSI, Alfredo. Por um historicismo renovado. In: _____. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.)

22 comentários:

  1. "A literatura não existe no ar, e sim no Tempo, no Tempo histórico, que obedece ao seu próprio ritmo dialético." Otto Maria Carpeaux

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  2. A partir do descobrimento do Brasil, em 1500, inaugura-se uma procura pela identidade da literatura Brasileira. Seu ponto de partida foi a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, descrevendo a terra que havia sido descoberta. Ao contrário do que muitos pensam esse documento não é sua primeira obra literária, é apenas uma epístola pertencente à literatura Portuguesa, ou seja, sua importância está em seu conteúdo e não em sua forma, servindo somente para a construção do imaginário dessa civilização. Assim, fica evidente que desde os primórdios importava mais a existência de categorizações de algo concreto sem levar em conta fatores extras como o contexto em que certo momento histórico estava inserido, a sociedade da época, a individualidade dos autores, entre outros. Porém não é uma tarefa fácil, como afirma Otto Maria Carpeaux[1978]: “A relação entre literatura e sociedade não é mera dependência: é uma relação complicada, de dependência recíproca e interdependência dos fatores espirituais(ideológicos e estilísticos) e dos fatores materiais(estrutura social e econômica).”
    (Bruna Sedrez)

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  3. Dentre os muitos fatores para que os escritores classificados como românticos tiveram para tentar criar, por meio da literatura, uma identidade nacional forte, está, como citado por Bosi [2002], o seguinte: “A formação do Brasil Nação-Estado, realizada por obra de uma classe privilegiada, a burguesia latifundiária em um sistema agroexportador e escravista, foi o carro-chefe que regeu os projetos de constituir uma cultura nacional, uma língua nacional uma literatura nacional, uma arte nacional, etc.”, pág 12. Apesar das aparentes boas intenções para o fortalecimento de uma cultura “verdadeiramente” nacional através de escritos românticos, é evidente que essa tentativa levou a literatura a ser baseada em ideologias e fantasias. De que forma pode ter isso contribuído para que a o povo brasileiro conhecesse sua própria história? A relação sociedade – literatura, realmente, é muito mais complexa que se imagina.

    [Julia Castilho]

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  4. Devido ao desejo de ter uma identidade nacional,no Século XIX constatou-se um sentimento contra Portugal, que rejeitava não só a cultura e a literatura mas também a própria língua,devido a isso os escritores esforçaram-se para criar uma literatura que fosse diferente da portuguesa,com isso escolheu-se o indianismo como tema-simbolo do Brasil(Coutinho,1967). Os escritores focaram suas atenções para a cultura popular,o folclore e o regionalismo,valorizando a figura do Índio que na ficção seria o verdadeiro homem brasileiro.

    Eliani Ludwig

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  5. Ora, se a carta de Pero Vaz de Caminha foi a responsável por descrever historicamente o “achamento” do Brasil, pode-se dizer que foram os romancistas que descobriram, durante o processo de emancipação, uma literatura nacional, pois mesmo que se baseassem em fantasias, segundo Bosi “o ímpeto nacional-romântico resistiu e sobreviveu conforme as condições políticas locais, e pôde resistir até o nosso tempo, reavivando-se sempre que o conflito das ex-colônias com o imperialismo precise de um cimento ideológico e de um imaginário que o alimente”. Sendo assim, é possível perceber que tanto os textos românticos quanto os nacionalistas e simbolistas são os pilares para o historicismo da literatura brasileira.

    [Juliane M. Orlandi]

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  6. Segundo Bosi, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 40ed. 1994. Textos como a Carta, de Pero Vaz de Caminha, o Tratado da Terra do Brasil, o Diário de Navegação de Pero Lopes entre outros devem ser tomados como a pré-história de nossas letras, embora não pertençam ao campo literário e sim a crônica histórica, tem grande importância para a formação de uma identidade nacional, pois é pela perspectiva dos primeiros observadores do país que captamos as condições primitivas de uma cultura que procurou nas raízes da terra e do nativo imagens para se afirmar reagindo contra processos agudos de europeização.

    Fabiane Rosa

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  7. A tentativa dos escritores brasileiros em firmar uma identidade genuinamente brasileira em nossa cultura, através da produção literária, resultou em uma visão exacerbada dessa identidade nacional. Na medida em que produziam obras preocupadas em exaltar o que era peculiar de nosso país e em rechaçar o que pertencia à cultura européia, configurava-se um caráter nacionalista na literatura brasileira. De acordo com Alfredo Bossi (2002):

    "A polêmica que esse projeto trazia no bojo era o anticlassicismo, enquanto rejeição dos cânones acadêmicos franceses que tinham sobrevivido ao vendaval revolucionário e recebido novo alento no interregno napoleônico... O texto passou a valer pela sua capacidade de reapresentar os caracteres que se supunham próprios da sociedade que o gerou." (p.10).

    Dessa maneira, pode-se considerar esse conflito ideológico gerado na literatura, com a pretenção de estabelecer uma identidade nacional brasileira, muito mais como uma manifestação político-ideológica que propriamente cultural.

    [Bianca Rosa Peres]

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  8. Assim que o Brasil se tornou uma nação independente, seus escritores tomaram consciência de que deveriam criar também uma literatura independente, deixando de copiar a literatura européia, para, então, refletir, apresentar e valorizar o Brasil com temas próprios como por exemplo, o índio e a exaltação pela natureza. Porém, Antonio Candido em seu livro "Formação da literatura brasieira: momentos decisivos", diz que para haver literatura deve existir um sistema literário e para isso deve haver: "a existencia de um conjunto de prdutores literários, mais ou menos conscientes do seu papel; um conjunto de receptores, formando os diferentes tipos de público, sem os quais a obra não vive; um mecanismo transmissor, ( de modo geral, uma linguagem, traduzida em estilos), que liga uns a outros."(p.23). Segundo o autor se não houver este sistema literário a obra não passará de mera "manifestação literária".

    Referência Bibliográfica: http://www.mafua.ufsc.br/numero11/ensaios/correa.htm

    [Sirlei Schumacher]

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  9. "Segundo Candido, quando a atividade dos escritores de um dado período se integra em tal sistema, ocorre outro elemento decisivo; a formação da comunidade literária, formando padrões que se impõem ao pensamento ou ao comportamento e aos quais somos obrigados a nos referir, para aceitar ou rejeitar; sem esta tradição não há literatura, como fenômeno de civilização."
    Apartir do momento que os esritores seguiram esse sistema literário, o Brasil tornou-se uma nação literaria independente.

    Referência Bibliográfica:
    Candido,Antonio.Formação da literatura brasileira.6.ed. São Paulo.1.v.

    (Caroline Münchow)

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  10. O Romantismo se inicia no Brasil em 1836, quando Gonçalves de Magalhães publica na França a “Niterói” - Revista Brasiliense e, no mesmo ano, lança um livro de poesias românticas intitulado Suspiros poéticos e saudades.O Romantismo no Brasil coincide com os movimentos políticos de independência. A imagem do português conquistador deveria ser varrida; há necessidade de auto-afirmação da Pátria que se formava. De fato, a literatura dos princípios do século XIX reflete um profundo sentimento nacionalista.

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:literaturabrasileira.net

    (ROSELAINE DE LIMA SOUZA)

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  11. A influência europeia sobre o imaginário brasileiro tem seu inicio na carta de Pero Vaz de Caminha, em que ele narra o que podia ver, ouvir e sentir. Por não pertencer àquele ambiente, Caminha narrou sobre a terra, os habitantes, a natureza, não necessariamente como realmente eram, mas sim como as conseguia ver sob o seu olhar do ‘desconhecido’. Assim, o imaginário brasileiro que até hoje temos como verdade, foi criado pelo olhar do estrangeiro.
    Desde então, o país passou a ser alvo de uma grande influencia europeia, em diferentes âmbitos, um deles foi a literatura. A literatura portuguesa ditou normas que por muito tempo foram cegamente seguidas pelos escritores brasileiros. Na tentativa de independência de nossa literatura, o Romantismo e o Nacionalismo tiverem um importante destaque. Alfredo Bossi cita em seu texto “De todo modo, o valor nativo sublimado ou domesticado, impôs-se na imaginação poética dos anos inaugurais do Segundo Império e, de fato, guiou os passos da nossa vida literária, tendo em Gonçalves Dias e em Alencar os seus exemplos mais bem sucedidos”.
    Assim, nesta luta de estabelecer uma literatura integralmente brasileira, se dará espaço á exaltação do índio e da natureza, o chamado ‘selvagem’, elementos tipicamente brasileiros. Mas, para inseri-los nesta ‘nova literatura’ a imagem a ser recuperada destes elementos, será aquela descrita por Caminha em sua carta, voltando assim, a sofrer uma influencia europeia.
    (Jéssica Nunes)

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  12. A glorificação do índio e da natureza usados na tentativa de criação da literatura nacional para exaltar elementos tipicamente brasileiros entra em conflito no momento em que o índio,nativo de um brasil que ainda não é assim denominado,uma nação ainda não fundada,toma lugar nesse imaginário poético do herói romântico-europeu:puro,incorruptível,movido pelas virtudes,como um cavaleiro medieval.Vemos nisso,assim como podemos ver nos autores europeus da época,que trouxeram de Schlegel na Alemanha e de Staël da França a qualidade de mostrar em suas obras, e nos seus personagens a caracterização de valores em seus protagonistas das qualidades que conscernem ao imaginário dos respectivos povos europeus,ao que refletiu a imagem do cristianismo medieval em seus personagens fictícios e é pautado nesses valores que a narrativa romântica descorre,impondo valores cristãos e uma moral européia na literatura de um emergente brasil-nação,brasil-indepêndente,objetivado pela classe latifundiária.Oquê nos faz repensar a ‘criação de uma literatura de cunho nacional’. (Thamires Marchezini)

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  13. Analisando o longo período de dominação econômica e cultural dos primórdios da colonização entende-se as origens da literatura brasileira. No momento em que a colônia torna-se agente de sua própria história, adquirindo uma forte influência nos modos de vida e no pensamento local surge então, uma literatura híbrida, paralela às criações da Europa, porém influenciadas pela realidade colonial e com ritmo próprio. Vagarosamente, a literatura brasileira vai tomando forma e assumindo as suas potencialidades, passando pelo Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Concretismo até desembocar na contemporaneidade, que agrupa elementos e influências de diferentes estilos.
    Gladis

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  14. Seguindo os caminhos dos textos de Alfredo Bosi no segmento em que ele fala da influência européia sobre o imaginário brasileiro que tem seu início na carta de Pero Vaz de caminha ao rei de Portugal, vem mais adiante falar da obra de José de Alencar, um ídolo da juventude, um romancista famoso e renomado de sua época com seus romances idealizados (o herói masculino, a fragilidade feminina), tendo em seguida tentado mapear o brasil escrevendo obras em que seus personagens representassem sua região, porém seu projeto foi falho, suas obras retratavam protagonistas idealizados e estilizados como por exemplo "O gaúcho". como ele poderia retratar um Brasil ou uma região como o Sul e seus habitantes sem realmente os conhecê-los.(Adelita Vimes)

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  15. Em complemento ao texto acima que trata da influência européia, mais precisamente o Parnasianismo e Simbolismo, cabe salientar, segundo Alfredo Bossi, a reação da historiografia literária nacional. Houve persistência por parte do nacionalismo nos críticos Sílvio, Veríssimo e Araripe Jr., depurando o componente indianista por parecer ingênuo e obsoleto. Efetivamente José de Alencar acabou perdendo prestígio assim como o indianismo romântico, tornando-se alvo fácil da modernidade.
    Ademir

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  16. Ainda sobre a historiografia da literatura nacional, Bosi (2000) salienta que:
    Quanto à historiografia da literatura, tão produtiva na geração positivista e evolucionista, rareou à medida que um difuso impressionismo tornou a leitura mais sensível aos aspectos diferenciados da obra do que à sua dimensão étnica ou nacional. Não que as ideias de caráter nacional, índole nacional, psicologia nacional etc. deixassem de proliferar ao longo da bélle époque e dos anos modernistas: o nacionalismo foi a tônica ideológica dos três primeiros decênios do século XX, combinando-se, conforme o momento político, ora com a democracia, ora com os regimes de força. Mas o que foi se tornando problemático (a não ser na retórica escolar) foi a tese de uma conexão estrutural entre esquemas rigidamente nacionais/nacionalistas e a produção da obra artística ou literária. Fazer a literatura brasileira como espelho dos eventos do Império ou da República passou a ser, cada vez mais, um projeto de construção ideológica, um programa a ser executado de fora para dentro, e que a crítica viva das obras de arte e o seu julgamento já não podiam secundar automaticamente.

    (Aline da Silveira Morales)

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  17. Até a primeira metade do séc. xix, não havia uma literatura brasileira propriamente dita, apenas manifestações literárias isoladas, influenciada pelo barroco portugues.Havia vontade de se fazer uma literatura brasileira, mas havia muitos equívocos. Após a Independência buscou-se também a independência literária, fazendo do índio o elemento da nossa nacionalidade, na fase arcadiana. Com Basilio da Gama, Claudio Manuel Bandeira, Tomás Antonio Gonzaga, Gonçalves Dias, Castro Alves, Aluizio de Azevedo, Casimiro de Abreu, Gregório de Matos, José de Alencar, Machado de Assis, Olavo Bilac, Aluizio de Azevedo e tantos outros construir uma literatura nacional, buscando a cor local, falando da nossa natureza, dos, rios, das matas e dos costumes nativos.

    [Clarisse Sampaio Recuero]

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  18. correção: Claudio Manuel da Costa, ou invés de Claudio Manuel Bandera no meu comentário.

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  19. Segundo Alfredo Bosi (História concisa da literatura Brasileira. São Paulo, Cultrix, 1970.
    “Como o Romantismo durou quase meio século, foram muitos os autores que escreveram sob sua influência... alguns aspectos caracterizavam as gerações de românticos brasileiros. Predomínio do nacionalismo e patriotismo, através da “descoberta” de aspectos característicos da paisagem local, nacional e tropical....”
    Procura uma origem que seja comum a todos, cria uma idéia de nação. Prevalece o amor romântico. (Elizane Oliveira)

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  20. O problema das origens literárias brasileiras é formulado nos termos da existência de um complexo colonial de vida e pensamento. Otto Maria Carpeaux, Introdução Histórica da literatura ocidental, fala que a relação entre literatura e sociedade não é mera dependência reciproca e interdependência dos fatores espirituais e dos fatores materiais.

    Lilian Bizarro

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  21. Como membros de uma academia, somos personagens da história literária brasileira.
    Somos a renovação dessa história e como renovação precisamos nos apropriar da história da literatura brasileira para trazer o diferente ou aprimorar o já existente.
    Ao fazer uma análise sobre a história da literatura Brasileira, podemos deixar-nos influenciar pelo contexto histórico, o que nos faz pensar sobre as origens que são altamente influenciada pelo tipo de colonização que o Brasil sofreu. Por muito tempo nossa cultura foi moldando-se a cultura européia e só depois de muito tempo passou a ter ares de nacionalidade. Quando pensarmos em literatura e reflexão tem que fazer parte da nossa dinâmica de escritores.

    [Thaiane Pereira]

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  22. A literatura no século XVIII, aparece impregnada da ideologia iluminista e libertadora. O espírito crítico e a inovação que domina o século XVIII, no campo filosófico, cientifico, político e religioso absorve a literatura e serve-se dela como instrumento de combate e divulgação. Uma das primeiras atitudes artísticas é a reação contra os excessos do Barroco e do seu espírito inócuo. É ver as inúmeras passagens de Marília de Dirceu, livro que esgota dezenas de edições desde seu lançamento, é ler os belíssimos poemas de Cláudio Manuel da Costa, marcados de celebração nativista e de entusiasmo patriótico.
    A linguagem árcade pretendia, fazer regressar os modelos Greco-latinos do classicismo. A temática explorou o bucolismo, como ideal de vida.
    Claudio Manuel da Costa é considerado o precursor do Arcadismo Brasileiro com a publicação de suas Obras (1768), escolheu para si o pseudônimo Glauceste Satúrnio.
    Outros autores que são destacam nesse período são: Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama ...
    Temei, penhas
    Destes penhascos fez a natureza
    O berço em que nasci! Oh quem cuidara,
    Que entre penhas tão duras se criara
    Uma alma terna, um peito sem dureza!

    Amor, que vence os tigres, por empresa
    Tomou logo render-me; ele declara
    Contra o meu coração guerra tão rara,
    Que não foi bastante a fortaleza.

    Por mais que eu conhecesse o dano,
    A que dava ocasião minha brandura,
    Nunca pude fugir ao cego engano;

    Vós, que ostentais a condição mais dura,
    Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
    Onde há mais resistência, mais se apura.
    Observe que a dureza e a solidez das rochas, a natureza agreste de sua terra natal é o cenário onde se trava a luta entre a alma frágil do poeta e os perigos do amor. O amor é encarado como algo que enfrenta o poeta, como um inimigo que declara guerra a ele.
    (Caroline Munchow)

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