domingo, 7 de setembro de 2014

CAPÍTULO 7 - Regionalismo literário em tempos de globalização

Bruna Sucupira de Barros
Constance Von Kruger de Alcantara e Silva
Maria Eduarda Hilarino Drumond

Um comentário:

  1. Segundo o texto “Regionalismo Literário em tempos de Globalização”, Terra natal, é a origem territorial que cada pessoa tem de forma individual de um lugar ou região onde nasceu, não é possível escolher. Muitas pessoas confundem a Terra Natal como um lugar a qual passam a viver depois de algum tempo e, ao se acostumarem, se sentem pertencentes àquela região. Em Alemão, “Heimat” significa lugar ou região a qual uma pessoa sente que pertence, o primeiro ambiente em que nasceu. Já a literatura, tem imagens que se destacam em campos temáticos complementares da migração e do regionalismo, como expressão de ligação territorial com a Terra Natal.
    Na língua alemã, “Literatura Sobre Terra Natal” é uma sinonímia para “regionalismo literário” ou “literatura regionalista”, ou seja, refere-se a uma literatura que se destina à reprodução de uma região, principalmente uma região “agrária, provinciana ou de pequenas cidades”.
    “O gênero Literatura sobre Terra Natal, do regionalismo literário”, compreende-se como um dos variados modos de cogitação pelos escritores sobre os poderes destrutivos da modernização. Tal literatura tematiza o método de “provincialização” e de “dependência estrutural de regiões rurais e agrárias”, os quais seguem o procedimento da modernização como um espectro, proferindo, assim, feições variadas de “um mal-estar na modernidade”, já que o “capitalismo sócio-industrial” adverte domar e desfigurar de maneira uniforme todo o mundo. Contudo, a literatura, “como meio artístico”, termina por falhar em seu papel específico, que se baseia exatamente em sua “autonomia”, quando se é usada como simplesmente uma “ilustração de uma ideologia”.
    Por outro lado, a “Literatura sobre Terra Natal”, em relação a uma literatura que reproduz uma “região agrário-provinciana”, “regionalismo literário”, de contínuo esteve sob conjetura de servir de “porta-voz” na invenção de um “mal-estar” em relação à modernidade e devido a este motivo, é considerada como “antimodernismo literário”.
    A teoria de que a literatura regional é antimoderna é a que gera o preconceito contra esse regionalismo, como se tudo que se opusesse à modernidade fosse, imediatamente, ruim. Há dois contrapontos que podem ser feitos a esse pensamento. O primeiro diz que “o conteúdo por si nunca determina a qualidade artística de uma obra” (p. 186), e o segundo confronta a ideia de que toda obra provinciana se pretende antimoderna, dizendo que “muitas obras que não se pronunciam a favor de um antimodernismo reacionário e ideológico, mas que, como literatura de província crítica, dão forma à realidade social no campo e na província de maneira expressiva ou, em uma perspectiva de crítica cultural, apontam para os prejuízos que a vida moderna representa em relação a formas de vida anteriores.” (p. 186).
    O autor destaca, ainda, que uma obra pode ser associada a mais de um conceito ao mesmo tempo – não se limitando a ser, por exemplo, regionalista, apenas. E o trabalho da crítica seria compreender e julgar a obra baseada nessa conjuntura de conceitos. Discute, ainda, questões que aponta como sendo problemas, em relação ao fazer literário regional: “síndrome de pessimismo cultural e de pessimismo nostálgico”, “conceito de comunidade versus sociedade”, “idilização e primitivismo”, “separação etnocêntrica”, etc.
    Por fim, o autor afirma que uma narrativa pode ser considerada regionalista por diversos fatores: tema, personagens, mensagem que transmite ideologia de pureza racial (e a correspondente violência eugênica), dentre outros. Destaca, também, o trabalho com a lembrança (memorialista?), e a troca que há entre a escrita do autor regionalista e a cultura popular daquela região. Questiona a ideia de que a província seria uma utopia, e finaliza retomando o conceito de interculturalidade, ou de “potencial intercultural”, em que a literatura regionalista seria ponto fulcral.

    Bruna Sucupira de Barros
    Constance Von Kruger de Alcântara e Silva
    Maria Eduarda Hilarino Drumond

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